Brasil se destaca entre países com menores emissões per capita no setor energético
- REDAÇÃO H2RADAR
- 28 de out. de 2024
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A nova edição do Plano Decenal de Expansão de Energia 2034 (PDE 2034), publicada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), traz uma análise socioambiental que aponta o Brasil como um dos países com as menores emissões per capita de gases de efeito estufa (GEE) na produção e uso de energia. A combinação de uma matriz energética diversificada, baseada em fontes renováveis, com políticas públicas de descarbonização coloca o país em posição privilegiada para enfrentar os desafios climáticos, projetando uma emissão de 2,4 toneladas de CO2 equivalente (tCO2eq) por habitante até 2034.
A Contribuição das Fontes Renováveis para uma Baixa Emissão de Gases
O estudo revela que o Brasil conseguiu manter a produção e o uso de energia correspondendo a apenas 24% das emissões totais de GEE no país em 2022, resultado atribuído à ampla participação de fontes renováveis em sua matriz energética. Esse diferencial coloca o Brasil em vantagem em relação a outras nações de peso econômico, cujas emissões per capita são bem mais elevadas. Por exemplo, atualmente as emissões per capita na Europa e na OCDE estão na ordem de 5,4 tCO2eq/habitante, enquanto nos Estados Unidos atingem 13,8 tCO2eq/habitante.
As fontes renováveis, como hidrelétrica, eólica, solar e biomassa, continuam sendo o principal alicerce para manter as emissões controladas. Mesmo com a expansão econômica e o desenvolvimento social, as projeções indicam que a matriz energética seguirá predominantemente limpa, o que reafirma o compromisso do país com a sustentabilidade ambiental. Esse perfil sustentável é fundamental para que o Brasil alcance as metas de redução de emissões acordadas internacionalmente.

Transportes e Indústria: Desafios e Avanços em Descarbonização
Segundo o PDE 2034, os setores de transportes e indústria são responsáveis por 68% das emissões setoriais projetadas para 2034, mas políticas públicas de substituição de combustíveis fósseis por renováveis vêm promovendo avanços significativos. Para o setor de transportes, estima-se que as emissões aumentem apenas 12% entre 2024 e 2034, um crescimento controlado, graças ao etanol, biodiesel, e ao combustível sustentável de aviação (SAF). Esse controle será ainda mais fortalecido com a eletrificação gradual de veículos, os ganhos em eficiência energética e a otimização dos sistemas de transporte.
Na indústria, as estratégias de descarbonização envolvem práticas sustentáveis, como o aproveitamento de resíduos para geração de energia e a otimização de infraestruturas existentes. Além disso, a aplicação de tecnologias avançadas para a redução das emissões industriais reforça o compromisso com uma transição energética justa e inclusiva, alinhada aos desafios impostos pelas mudanças climáticas.
Oportunidades Estratégicas e o Futuro da Energia Sustentável
O PDE 2034 também apresenta oportunidades estratégicas para o Brasil consolidar sua posição de destaque em sustentabilidade energética. Uma das estratégias-chave é a manutenção da alta participação de fontes renováveis na matriz energética, aliada a inovações tecnológicas que permitam reduzir custos e aumentar a eficiência na produção e distribuição de energia limpa. Práticas de descarbonização, como o reaproveitamento de resíduos e a implementação de novas infraestruturas sustentáveis, também são cruciais para otimizar os recursos e minimizar os impactos ambientais.
Além disso, o estudo destaca a importância de manter um enfoque integrado entre energia e meio ambiente, ressaltando que os esforços para reduzir as emissões precisam estar alinhados às potencialidades naturais do Brasil. Com recursos hídricos, solar e eólico abundantes, o país tem grande potencial para continuar sendo um modelo de produção energética sustentável, contribuindo para a mitigação dos impactos climáticos globais.
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