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Portos de Brasil e Bélgica firmam parceria para criar corredor verde de e-combustíveis

  • REDAÇÃO H2RADAR
  • 4 de nov.
  • 2 min de leitura
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Em um movimento estratégico rumo à descarbonização global, Brasil e Bélgica anunciaram uma parceria para criar um corredor marítimo verde de e-combustíveis entre o Porto do Açu e o Porto de Antuérpia-Bruges, com previsão de início das operações antes de 2030. O acordo, formalizado por meio de uma carta de intenções assinada no Rio de Janeiro, tem potencial para estabelecer a primeira grande rota de exportação de e-combustíveis do mundo, posicionando o Brasil como um dos protagonistas na nova economia do hidrogênio e dos combustíveis sintéticos sustentáveis.



Infraestrutura e disponibilidade estratégica


O Porto do Açu desempenha papel central nessa parceria por reunir infraestrutura portuária de classe mundial, grande disponibilidade de energia renovável e áreas industriais preparadas para abrigar projetos de hidrogênio de baixa emissão de carbono e e-combustíveis. Localizado em São João da Barra (RJ), o complexo se consolida como um dos principais hubs de energia limpa da América Latina, com potencial logístico para atender tanto o mercado interno quanto o europeu. Sua proximidade com parques solares e eólicos em expansão, além da integração com dutos, ferrovias e terminais marítimos de águas profundas, confere ao Açu uma vantagem competitiva única para viabilizar o escoamento em larga escala de amônia e hidrogênio produzidos no Brasil.



Uma rota estratégica entre o América do Sul e Europa


O projeto é resultado de um estudo de pré-viabilidade conduzido pelo Rocky Mountain Institute (RMI) e pelo Global Maritime Forum (GMF), apresentado durante o Oceans of Opportunity Summit, que reuniu lideranças dos setores portuário, marítimo, energético e financeiro para debater o futuro da descarbonização marítima no Brasil. O Porto de Antuérpia-Bruges, um dos maiores polos industriais da Europa, prevê importar de 6 a 10 milhões de toneladas de amônia verde por ano até 2030 — o equivalente a 1,2 a 1,5 milhão de toneladas de hidrogênio —, demanda que poderá ser suprida por projetos de produção no Porto do Açu, no litoral fluminense.


Segundo o estudo, o corredor Açu–Antuérpia apresenta vantagens comerciais e ambientais expressivas, podendo alcançar paridade de custos com combustíveis fósseis graças a novos incentivos da Organização Marítima Internacional (IMO). A iniciativa reforça o papel do Brasil como fornecedor estratégico de energia limpa para a Europa e marca um avanço concreto na integração das cadeias globais de hidrogênio e e-combustíveis, abrindo caminho para uma nova era de cooperação internacional em prol da transição energética.




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