Brasil e China firmam parceria para impulsionar energias renováveis e tecnologias de baixo carbono
- REDAÇÃO H2RADAR
- há 2 dias
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O Brasil deu um passo importante para fortalecer sua liderança global em energias limpas ao assinar um memorando de entendimento com a estatal chinesa Windey Energy Technology Group e o SENAI CIMATEC, durante missão oficial à China liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O acordo, formalizado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, visa promover o avanço de tecnologias de baixo carbono, incluindo armazenamento de energia, energia eólica e hidrogênio renovável, fortalecendo as bases para uma economia mais sustentável e resiliente.
Foco em armazenamento de energia e expansão da geração limpa
Entre os principais pontos do acordo está o desenvolvimento de soluções avançadas para armazenamento de energia, uma necessidade estratégica para estabilizar o sistema elétrico brasileiro em meio à crescente participação de fontes renováveis.
Além disso, o memorando prevê a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento no Brasil para avançar em soluções de energia eólica e hidrogênio renovável. Essas tecnologias, consideradas essenciais para a descarbonização da matriz energética global, terão foco não apenas em eficiência, mas também na integração com a agricultura, promovendo irrigação sustentável e desenvolvimento regional, especialmente em áreas remotas que atualmente enfrentam desafios para o acesso à energia limpa.

Coordenação estratégica e participação na COP30
Para garantir que as iniciativas estejam alinhadas com as políticas públicas brasileiras, será criado um Comitê de Estratégia, responsável por coordenar os esforços e maximizar o impacto do projeto. A cooperação também incluirá estudos para uma participação conjunta na COP30, que ocorrerá em novembro, em Belém (PA), oferecendo uma plataforma para compartilhar esses avanços com a comunidade internacional.
O memorando tem vigência inicial de 24 meses, com possibilidade de prorrogação, e inclui incentivos para a instalação de fábricas de equipamentos no Brasil, promovendo a geração de empregos e fortalecendo a cadeia produtiva local. A iniciativa reflete o compromisso de ambos os países com a transição energética e a redução das emissões de carbono, em linha com os objetivos do Acordo de Paris e as metas climáticas globais.