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Fertilizantes Verdes: o caminho para um agronegócio descarbonizado no Brasil

  • REDAÇÃO H2RADAR
  • há 3 dias
  • 3 min de leitura

O agronegócio brasileiro, um dos pilares da nossa economia, enfrenta o desafio de aumentar a produtividade ao mesmo tempo em que reduz sua pegada ambiental. Nesse cenário, a inovação surge como a principal ferramenta, e o hidrogênio de baixo carbono (H2BC) desponta como um protagonista na busca por uma agricultura mais sustentável. A grande aposta do momento é a produção de fertilizantes verdes, que prometem revolucionar a forma como cultivamos, descarbonizando o setor e fortalecendo nossa autonomia.



Amônia Verde: a solução para a dependência externa e as emissões


A produção de fertilizantes nitrogenados, como a amônia, é intensiva em energia e, tradicionalmente, baseia-se no gás natural fóssil. Isso não só gera uma quantidade significativa de emissões de gases de efeito estufa, mas também torna o Brasil altamente dependente de importações para suprir a demanda do campo.


Dados do Mercado: O Brasil importa cerca de 85% dos fertilizantes que consome, e mais de 90% dos fertilizantes nitrogenados vêm do exterior, com um gasto que ultrapassa US$ 25 bilhões anuais em todo o complexo de fertilizantes. Essa dependência expõe o agronegócio nacional a choques externos, como crises geopolíticas e flutuações de preços dos combustíveis fósseis. A estimativa é que o mercado global de amônia verde possa atingir de US$ 30 bilhões a US$ 40 bilhões até 2030, indicando uma tendência global de transição que o Brasil precisa acompanhar.


É aqui que a amônia verde entra em cena. Produzida a partir do hidrogênio de baixo carbono – gerado por eletrólise da água usando energia de fontes renováveis como solar, eólica e biomassa –, a amônia verde representa uma alternativa limpa e renovável. Ao substituir o gás natural no processo de Haber-Bosch, a produção de fertilizantes pode se tornar virtualmente livre de carbono, impactando diretamente a sustentabilidade das lavouras brasileiras.


Impacto no Campo e na Economia


A adoção de fertilizantes verdes traz múltiplos benefícios para o agronegócio:


- Redução Drástica de Emissões: O principal ganho é a diminuição significativa das emissões de CO2 associadas à produção de fertilizantes, contribuindo para as metas de sustentabilidade e a imagem verde do nosso agronegócio no mercado internacional.


- Autonomia e Segurança Alimentar: Diminuir a dependência de importações de fertilizantes fósseis fortalece a segurança alimentar do país e nos protege contra a volatilidade dos preços internacionais e as instabilidades geopolíticas.


- Valor Agregado aos Produtos: O uso de insumos sustentáveis pode agregar valor aos produtos agrícolas brasileiros, abrindo portas para mercados mais exigentes e valorizando cadeias de suprimentos verdes.


O Brasil no Centro da Inovação Verde


O Brasil, com seu vasto potencial em energias renováveis e um setor agropecuário robusto, está em uma posição privilegiada para liderar a revolução dos fertilizantes verdes. Iniciativas e projetos de pesquisa e desenvolvimento estão emergindo por todo o país, visando a implantação de plantas de produção de amônia verde em larga escala.


O Radar do Hidrogênio (RADARH2) tem acompanhado de perto esses avanços, mostrando como a integração do hidrogênio de baixo carbono não é apenas uma promessa, mas uma realidade que está sendo construída. Nosso papel é informar e conectar os diferentes elos dessa nova economia.


RIO+AGRO 2025: Debatendo o Futuro Sustentável


A relevância dos fertilizantes verdes e da descarbonização no agronegócio será um dos temas centrais no RIO+AGRO 2025. O evento será uma plataforma essencial para reunir especialistas, produtores, empresas e formuladores de políticas públicas para discutir as tendências, os desafios e as oportunidades que o hidrogênio de baixo carbono traz para o setor. Será um momento estratégico para projetar os próximos passos na construção de um agronegócio brasileiro ainda mais forte e sustentável, com a amônia verde como uma de suas estrelas.


O Fórum Internacional do Desenvolvimento Agroambiental Sustentável – RIO+AGRO terá sua segunda edição, em 2025, e será realizado no Riocentro, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, entre os dias 1º e 3 de outubro. A expectativa é que continue a expandir o sucesso da edição anterior, consolidando a capital fluminense como um hub para debates e inovações no agronegócio global. Temas como a descarbonização da economia, sistemas integrados de produção e tecnologias inovadoras no campo devem ser centrais nas discussões.


O RIO+AGRO é uma iniciativa estratégica para posicionar o Brasil na vanguarda do agronegócio sustentável, promovendo debates, negócios e a busca por soluções inovadoras para os desafios globais do setor.



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Sobre o autor:


Emerson Rocha é jornalista com formação pela FACHA (2007) e carreira construída em veículos de imprensa renomados como Rádio Globo, Rádio Tupi, Rádio Paradiso e Jornal do Brasil. Sua expertise se estende à assessoria de comunicação, tendo atuado na Prefeitura do Rio de Janeiro (Centro de Operações Rio) e na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), onde se especializou em temas ambientais, como Mata Atlântica, fauna, flora e ciência. Atualmente, é empresário, à frente da Erocha Mídia Comunicação, e integra a Assessoria de Comunicação do Fórum Internacional do Desenvolvimento Agroambiental Sustentável - RIO+AGRO.

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