Nota Técnica da EPE destaca sinergias entre hidrogênio e biomassa como vetor estratégico da transição energética brasileira
- REDAÇÃO H2RADAR
- há 36 minutos
- 2 min de leitura

Em um momento de crescente convergência entre política energética e sustentabilidade, a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) lançou a Nota Técnica “Hidrogênio e Biomassa: Oportunidades para produção e uso de hidrogênio em sistemas de bioenergia”. O documento integra os esforços do governo federal para estruturar um novo marco regulatório e industrial em torno do hidrogênio de baixa emissão de carbono, especialmente em sinergia com as cadeias de bioenergia, setor no qual o Brasil detém reconhecida liderança global. Ancorada nas recém-aprovadas Leis nº 14.948/2024 (Política Nacional do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono) e nº 14.993/2024 (“Combustíveis do Futuro”), a publicação traça diretrizes técnicas e estratégicas para fomentar novos arranjos produtivos sustentáveis no país.
Bioenergia e hidrogênio: um ciclo virtuoso de inovação, mercado e sustentabilidade
A Nota Técnica da EPE identifica e descreve como os setores de hidrogênio e bioenergia se fortalecem mutuamente em diferentes estágios da cadeia produtiva. De um lado, a biomassa surge como fonte competitiva e de baixo carbono para a geração de hidrogênio sustentável, destacando-se como alternativa estratégica frente aos métodos convencionais baseados em combustíveis fósseis. De outro, o hidrogênio de baixas emissões desponta como insumo de alto valor para otimizar e descarbonizar processos industriais da bioeconomia nacional, ampliando a eficiência e a sustentabilidade de biocombustíveis, biogás e outros vetores renováveis.
O estudo propõe modelos de negócio e arranjos de processo que exploram essas interações, ressaltando as vantagens econômicas e ambientais de um ecossistema energético integrado. Mais do que um mapeamento técnico, o documento consolida um posicionamento de vanguarda: ao articular essas complementaridades, o Brasil fortalece sua ambição de ser protagonista na transição energética global, não apenas como fornecedor de recursos, mas como desenvolvedor de soluções de alta complexidade tecnológica e impacto ambiental positivo.